quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Nossa Senhora da Vaga

Uma amiga minha sempre reza pra Nossa Senhora da Vaga quando temos que ir a algum lugar movimentado onde é difícil estacionar. Segundo ela, é sabedoria da sua mãe. 
 
Outro dia, marido liga xingando a maldita hora em que resolvemos ir a Ipanema em plena manhã de sábado de sol. Bem, ele me ligou porque eu havia descido antes  do carro enquanto ele foi procurar onde estacionar.
- Pede uma luz pra Nossa Senhora da Vaga. - disse eu, meio sem saber o que falar depois de ouvir a fúria de um homem preso ao volante do carro. - A Mariazinha sempre reza pra ela e diz que funciona...
Alguns minutos depois, eis que surge o marido com um sorriso satisfeito, dizendo que a tal da santa é poderosa: ele conseguiu uma vaga bem em frente à lojinha.
Num outro dia ainda, eu estava rodando tentando estacionar numa rua em que os carros pareciam ter nascido lá: nenhum se movia, ninguém saía, ninguém entrava. Na minha milésima volta na quadra,  pedi:
- Nossa Senhora da Vaga, ajuda esta pobre mulher, por favor, faz aparecer uma vaguinha que eu não aguento mais...
E não é que surgiu, com trombetas e anjinhos voando, uma vaga bem pertinho de onde eu tinha que ir?
Eu nunca fui supersticiosa nem muito religiosa (já falei disso aqui), mas o fato é que passei a ser devota desta santa.
"Nossa Senhora da Vaga, rogai por nós! Amém."

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

identidade

Dia desses, um aluno me perguntou o quanto sou 'familiarizada' com o japonês. E isso me fez pensar. Eu não sou formada em Letras, sou tagarela, falo alto e gesticulo como uma italiana. Como passar confiabilidade nas minhas aulas, se só a minha cara é de japa? Na verdade, sempre vivi uma de crise de identidade. 
Quando era criança, não tinham muitos japoneses "de cara chata" que "comem queijo com barata" em Curitiba. E tive alguns percalços na escola por ser 'diferente' (outra hora conto estes 'causos' vividos).
E, por conta desses pequenos traumas, brigava  quando alguém chamava a mim e a meus irmãos de 'chinesinhos' ou de 'japinhas". Imagine uma escadinha de três criancinhas no elevador, com a maior, de oito anos, te dizendo com toda a fúria do mundo:
- A gente não é chinesinho! Nunca mais chame a gente assim!
É, isso aconteceu quando uma vizinha disse que era lindinho ver três chinesinhos de mãos dadas indo pra escola. De vez em quando, encontro a tal vizinha no elevador da casa dos meus pais e morro de vergonha...
E, quando morei por um ano no Japão, descobri que a minha crise de identidade era real: aqui, no Brasil, sou japa, lá no Japão, sou estrangeira. 
Depois, ainda li uma matéria em alguma revista dizendo que o cérebro armazena em regiões diferentes a língua materna e a estrangeira. E que crianças como eu, que foram alfabetizadas e aprenderam a falar em outra língua, têm um conflito no cérebro quanto ao reconhecimento da sua língua-mãe. Não entendo nada disso tecnicamente e nunca me senti confusa (não mais que a média da população mundial, hehehe), mas comecei a  reparar em algumas coisas. 
No Japão, quando o tema do sonho era ambientado lá, com meus amigos da Terra do Sol Nascente, o sonho era em japonês. Quando sonhava com meus amigos que ficaram no Brasil, era em português. Muita loucura? Sei lá, ainda bem que quando voltei de lá, isso passou.
Porém, nem de longe eu fiquei livre desta confusão linguística.  Por exemplo, quando conto os 'pauzinhos' dos ideogramas japoneses, os kanjis, eu conto em japonês, e quando é pra contar as letras de qualquer palavra de língua ocidental, conto em português. Ou seja, a minha tecla SAP funciona muito bem! ;-)
Coitados mesmo são os namorados, maridos e esposas. Parte da família só fala em japonês entre si e os 'agregados' ficam a  ver navios nas reuniões de primos e tios. Por enquanto, da minha parte e de meus irmãos, a coisa tem fluído bem.
E por aí vai. A lista de exemplos e histórias não acaba.
Dito tudo isso, sigo pensando na pergunta do começo e na minha identidade...
Acho que sou, sim, familiarizada com o japonês, sua língua e cultura, tanto quanto seja possível para uma pessoa criada de acordo com os preceitos tradicionais japoneses. No entanto, fui criada aqui, no Brasil, com mãe professora de ensino fundamental, então, acho que posso dizer que sou familiarizada com o português e a cultura brasileira também. Adoro um churrasco com maionese e sushi! ;-)
E sobre a minha identidade, é como eu me defino ali ao lado: japa-curitibana-carioca casada com um polaco (ainda por cima), uma típica brasileira, com toda a mistureba  boa que só quem é desta terra entende o que é!
(foto tirada em 2007)

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Promoção Dia do Cliente

Vocês sabiam que dia 15 de setembro é "Dia do Cliente"?
Pois é, e neste dia, A Sati Patchwork resolveu presentear suas clientes com um descontão para pedidos feitos até 17/09/2010. Confira os produtos da promoção

**Esta já acabou, mas aguarde novas promoções, que a Sati Patchwork é como suas clientes: A D O R A uma promoção!!! 

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

voto de minerva

Certo dia, num certo escritório, um certo chefe está com um certo documento à sua frente. O relatório para o cliente está pronto e não é necessário nenhum ajuste a não ser........ a letra com o site da empresa no rodapé da capa!
O chefe, muito democrático, pergunta para a secretária:
- O tamanho desta letra não está muito pequeno? Eu mudaria do tamanho 10 para o 12! O que você acha?
-Ah, senhor, eu acho que está bom assim...
Então, o chefe chama o assistente e lhe pede a opinião. Este concorda com a secretária.
- Bem, são 2 votos contra o meu, acho que vai ter que ficar assim... - diz o chefe
Eis que entra a copeira com o lanche da tarde. O chefe a chama e pede opinião sobre a letra.
-Olha, senhor, eu colocaria maior, tá muito pequeno...
-Pronto! Está decidido!!
O chefe, desta forma, ligou para o departamento responsável, mandou mudar o tamanho da letra e reimprimir todo o relatório.

**Moral da história: O voto de minerva é sempre do chefe! ;-p
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sexta-feira, 3 de setembro de 2010

caixa-maravilha

Eu ganhei uma caixa de costura especialíssima da minha amigona Renata!!! Ela faz scrap e trouxe este presentão na semana passada (além da sua presença).
Eu confesso que quando ela anunciou que tinha feito um presentinho pra mim já fiquei imaginando um painelzinho de scrap com a letra H. E já tava toda feliz pensando em como seria o quadrinho, que cores e papéis ela tinha usado, onde eu poderia colocar...
Mas a coisa foi melhor ainda!!! Tive ela própria, em carne e osso, comigo alguns dias para matar as saudades e isso já era um motivo de felicidade. Com a caixa, fiquei mais boba-alegre ainda!!! :-)
Bem, chega de blablabla e vamos à caixa:
Caixa fechada: a tampa.
Caixa Fechada: a parte da frente. (óinnn...)
Tampa aberta: parte de dentro.
Aberta, com um monte de coisas: fio de meadas, rendinhas, botões transparentes, linhas, tesourinha dobrável, almofadinha com alfinetes... (não é de desmaiar??).  
Ainda tem o andar de baixo, com um mostruário de pontos de bordados (fiquei com a missão de preenchê-lo, aguardem...) e uma costureirinha com botões, ganchinhos e outras coisinhas para carregar na bolsa.
Close do alfineteiro.
Obrigada, obrigada, obrigada, Renata! Por tudo, sempre!  \(^_^)/

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Sapinhos

Sapo em japonês é Kaeru, que é a mesma sonoridade do verbo voltar.
Costuma-se usar um sapinho de cerâmica na carteira para que o dinheiro "volte". Também se acredita que sapos dão sorte e trazem felicidade, fazendo com que coisas boas "voltem" para as pessoas.

Mas, independente de crenças e superstições, os Lixos de Carro de Sapo da Sati Patchwork  trazem colorido ao ambiente e seus olhões ficam de prontidão para que nenhuma sujeira se instale no seu carro. :-)

*contato: harumi@sati.art.br

* Não tem carro? Ou tem pena de usá-lo como lixinho? Dê um novo uso para ele (e me conte!). Eu o uso como porta-retalho na bancada do meu ateliê! :-p