terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Lá na curva do rio

E aí, povo, como está o Carnaval de vocês? Teoricamente, ele termina hoje, né? T E O R I C A M E N T E! Sim, porque eu vivo no Rio de Janeiro e, nesta terra, toda festa é comemorada até o último minuto (e um pouco mais)! O carnaval carioca não é feito só de Sapucaí, não! São vários blocos que começam a ensaiar nas praças e ruas desde janeiro. Pra sair de casa no feriado, tem que conferir os horários deles para não ficar preso no trânsito. Quando comecei a escrever estava passando um batuquinho na rua de cima. E isso vai até o próximo final de semana.
Eu gosto bastante desta energia toda, mas confesso que nem sempre estou no clima de ficar torrando no sol carioca no meio do empurra-empurra. Coisas da idade... -*abafa!*- E sempre rola uns programinhas alternativos nesta casa. Há dois anos, teve o bloco do "Tudo Acaba em Pizza" (clica no link, tem até receitinha de petisco delicinha!). E neste domingo, saímos para almoçar e só voltamos na tarde do dia seguinte! (^_^) Calma, vou contar esta história.

Fim da manhã, meio de última hora, resolvemos conhecer o bistrô de um amigo. Já passava de meio-dia e como é na serra, calculamos uma hora e meia para chegar lá. Planilha de navegação em mãos (sim, estabelecimento de amigo jipeiro a gente chega com planilha!), lá fomos nós! Após passar por Guapimirim, Cachoeiras de Macacu e Mury, percorremos 21km de estrada de terra, em meio à Mata Atlântica, um passeio muito gostoso e bonito. Mas a hora-e-meia calculada ao sair do Rio logo virou três. E vale a pena! O Curva do Rio Bistrô tem comidinhas feitas com carinho e cuidado, com as mesas em um varandão, em meio a árvores e com o barulhinho do rio passando embaixo. Ah, suuper-relaxante!!!

onde o rio faz a curva, em Rio Bonito de Cima
É uma região de rios e cachoeiras com algumas pousadas, muito gostosa e tranquila, e resolvemos ficar. Conseguimos um quarto em uma pousadinha ali perto, chamada Cabritinha Vadia. Nome pitoresco, não? hahahahaha. Nada que eu diga vai conseguir descrever a pousada, vai lá no link e veja com seus próprios olhos (pode clicar sem medo, hahahaha!).

À noite, voltamos ao centrinho, carinhosamente chamado de 'downtown' pelos moradores, onde fica o bistrô da Chef Kaká Fernandes, e curtimos um carnaval bem diferente: alguns estavam fantasiados com folhas naturais presas ao corpo e máscaras, com canudinhos a postos, desfilando e roubando a bebida dos transeuntes, uma farra!

Na manhã seguinte, fomos conhecer o poço perto da pousada, com água cristalina e geladinha. 

E a nossa saída para um almocinho virou um passeio muito bom por terras desconhecidas! 


*Serviço:
Curva do Rio Bistrô, em Rio Bonito de Lumiar, a 18 km de Lumiar (14km de estrada de chão); endereço: 22º24'29"S, 42º25'15"W
A Cabritinha Vadia: Rio Bonito de Lumiar - Nova Friburgo - RJ - (22) 2542-5175 /
acabritinhavadia@hotmail.com


**outras aventuras com a nêga Tereza na tag 4x4

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

cocada da lata

Janeiro me trouxe encontros com pessoas queridas que há muito não via e/ou não passava tanto tempo! Encontros programados e outros nem tanto, que foram como um abraço apertado de urso nesta carcaça véia. E trouxeram muitas memórias felizes e histórias engraçadas.
A postagem de hoje é uma dessas histórias. Minha tia que mora lááá longe estava na cidade, bem pertinho da minha casa, com suas filhas, genros e netos. Uma invasão japa no Rio de Janeiro! hahaha. Fazia muitos anos que não encontrava este povo e, claro, como em toda reunião de família, lembramos de brincadeiras e histórias de uma terra distante, que aconteceram a long time ago...

Quando eu ia visitar a minha vó nas férias de inverno naquela terra quente que a família morava, era uma festa só! Todos os primos moravam em casa e pra mim e meus irmãos, crianças de apartamento, isso por si só era uma festa! 
Bem, tem uma brincadeira que fazíamos na casa de todos os tios e da minha vó que é muito viva na minha memória: cozinhávamos cocada no quintal. Crianças de até dez anos pediam para algum adulto pegar um coco do quintal e abrir. A participação do adulto acabava aí. Raspávamos o coco, acrescentávamos açúcar roubado da cozinha e colocávamos tudo numa lata de leite em pó vazia. Montávamos com tijolos ou pedras um fogareiro em algum canto do quintal ou jardim e era só se revezar para mexer a mistura até cozinhar. Ah, eu me lembro de mexermos com galho mesmo... E depois, claro, todos comiam a deliciosa cocada!!! Se dava piriri? Provavelmente só na primeira vez. Ou nem dava, se a gente não se lembra é porque nem aconteceu! hahahaha. Os donos das casas deviam adorar a grama queimada depois...
Aliás, lembrando dessa história e achando tudo um horror pros dias de hoje - "Como a gente não se queimava?" "Como as mães (loucas) deixavam a gente fazer isso?" "Que perigo, né?" "E a (falta de) higiene da cocada?" "E a lata enferrujada?" - ficamos com um sorriso no rosto, daqueles que só quem teve uma infância feliz poderia ter! (^_____^)